Ciências Sociais – KARL MARX SEMINÁRIO PART. 1

Resumo  – Texto 2- As principais contribuições do pensamento sociológico clássico

Alunos: Abrãao, Quérem, Bruno, Tainá, Ana, Tauane e Vivian

 

KARL MARX SEMINÁRIO PART. 1

 Karl Marx, nasceu em trail (na época do reino da Prúcia) em 5 de maio de 1818 e morreu em 14 de março de 1883. Era o filho mais novo de uma família judaica, de classe media da cidade. Em Iena, obteve em 1841 o seu doutoramneto em filosofia, com uma tese sobre as diferenças da filosofia da natureza de democrito e epiricu. Entre os principais trabalhos de Marx, foi considerado o mais importante, o seu artigo sobre critica da filosofia do direito de Hengel, primeiro esboço da interpretação da dialética Hegeliana. Marx e hengel escreveram juntos em 1845 A Sagrada Família, trabalho que versava contra o Heliano bruno Bauer e seus irmãos. Também foi obra comum A Ideologia Alemã que por motivos de censura nã pode ser publicada naquele momento. Sozinho marx escreveu A Miséria da Filosofia 1847, a polemica Veemente contra o Monarquista Proudhon. A teoria defendida po Marx fundamenta-se na critica radical do capitalismo, onde predominava a exploração do trabalhador pela burguesia. sob a sua optica, havia aqueles que possuiam o capital produtivo exproviavam a mais valia, consistindo assim a classe exploradora (burguesia) de outro lado estavam os assalariados que não possuíam a propriedade (proletários). Marx foi um filosofo, cientista político e socialista, revolucionário muito influente em sua época e até os dias de hoje.

Práxis =conduta ou ação

Augusto Comte= Práxis não é uma ciência mas um projeto de ação coletiva, política, do qual participam todos.

Henri Lefebvre “A vida social  é essencialmente práxis  (… )

Essa relação entre pensamento e práxis causou inúmeras discussões.

A práxis é o fundamento da teoria, sendo que a teoria remete para os instrumentos em ação que determinam as transformações das estruturas sociais. =Práxis e Marx

Teoria +Prática =Idealismo

Prática +Teoria=Ativismo

Práxis =Teoria +Prática.

 

Materialismo Dialético

 

 A forma como o homem (no caso nós) trabalhou e a relação de produção que adquirimos mesmo sem vontade para nos mantermos vivos formam uma estrutura econômica (Base Real)

* Estrutura politica e jurídica e consciência.

* Processo geral da vida, politica e espiritual.

* Produção> Apropriação>formas de propriedade> formas de produção, formas de relações e etc.

 

Relações de produção.

 

  Força de produção material (produtivas) Relações de propriedade (Recebe)

Trabalhador (mão de obra) Dono do capital (Recebe + por isso)

Assim se dá a totalidade destas relações.

 

  A única coisa que o trabalhador poderia oferecer para o dono do capital era sua mão de obra (força produtivas), só que a compensação por essa força não era a mesma (problema). E o grande dilema imposto é, se eu (trabalhador) reivindicar ganhar o quanto que minha força produtiva vale (solução), o dono do capital não aceitaria me pagar e assim ficaria sem emprego, portanto permaneço esta relação mesmo que desigual.

Portanto a grande irá de Marx era a tal força produtiva não ser recompensada devidamente.

 “Leis do pensamento são as da realidade” a história não é vista como coisa fora da realidade, nela pode se encontrar contradições acontecidas no passado e podem interferir no futuro e assim em diante. Marx focaliza as condições objetivas e materiais, presentes na dinâmica da história, dialética materialista, centrada no homem e na vida.

 

   O problema apontado por Marx consiste no fato de que, mesmo tomando a realidade concreta. A vida como ponto de partida de um procedimentos lógicos e explicativo.um projeto. Pelo trabalho podemos chegar a compreender o sentido de uma ação social, o alcance de sus consequências e sua transitoriedade intrínseca, sem precisar recorrer á finalidade divina.

  O conceito de trabalho vem responder e essas dificuldades. Interpretado como a atividade material orientada por: Como ¨situar¨ o processo de trabalho?

A questão inclui um termo (situar) bastante comum em ¨sociologes¨: ele significa focalizar, entender, ás vezes interpretar.

 Portanto, voltando á questão anterior, o processo de trabalho, embora seja explicativas das mudanças sócias e históricas, deve ser ¨situada¨ em relação á totalidade que lhe atribui sentidos, condições, limites etc.

  A estátua social e a do estado resultam constantemente do processo vital de indivíduos determinados, mas não resultam daquilo que estes indivíduos aparentam parente si mesmos, ou perante outros, e sim daquilo que são na realidade, isto é, tal como trabalham e produzem materialmente independentemente de sua vontade.

 

Linguagem

 

  A linguagem, em si, autônoma, não existe; é sempre uma emanação da consciência.

Essa consciência reflete as condições materiais de seu desenvolvimento.

 O mundo objetivo e real condiciona e determina o modo de ser e representar da linguagem.

 Para Marx, o discurso teórico seria um modo particular de expor uma “certa realidade” ao receptor, sem uma “verdade dos fatos”, mas uma verdade do mundo que rodeia o emissor, da forma que ele o vê.

 

Capitalismo e trabalho

 

A análise de Marx sobre o modo de produção capitalista parte do processo de trabalho como a atividade do homem alienado, que só tem aquela função e aquele produto a ser feito, tornando-se, assim, o proletário, a mercadoria.

 

 No século XIX, Marx descreveu as implicações do progresso da produtividade do capital, que se aplica as condições observadas no capitalismo contemporâneo, especialmente no terceiro mundo. ” Quanto maior a produtividade do trabalho, tanto maior a pressão dos trabalhadores, ou seja, tanto mais precária a sua condição de existência, ao saber que vende sua própria força para aumentar a riqueza alheia ou a expansão do capital. Então, em um polo há acumulação de riqueza e num polo oposto (constituído pela classe cujo produto vira capital) tem acumulação de miséria, ignorância, brutalização e degradação moral. Essa descrição realizada por Marx há quase um século e meio, se reflete o processo que o Brasil deu o nome de “exclusão social”.

Para Gianotti, a sociedade contemporânea é “uma sociedade de assalariados”, mas é enganoso pensar assim, porque para as empresas, a política salarial será sempre a de manter os salários no nível mais baixo possível, embora em situações de monopólio, elas possam ser lucrativas pagando salários altos.

Consequentemente, o trabalho não é medido em relação a sua produtividade. Instala-se um controle do trabalho vivo, ou seja, do “valor da venda” da força de trabalho, fora da possibilidade do trabalhador interferir. Considera-se então que “valor é representação e controle da produção.”

 Nos meios corporativos e empresariais contemporâneos instaurou-se um “saber prático” voltado a preservação e expansão da lucratividade; esses processos refletem na diversidade e forma de contratação, o que afeta diretamente a composição e dinâmica das classes sociais surgidas no capitalismo.

  Para concluir, no ano de centenário da morte de Marx (1983), Florestan Fernandes publicou um artigo sobre Marx. No início ele trata sobre a “crise do Marxismo”, dizendo que ele está superado e que seria inútil colocar a realidade em fórmulas que não possuem existência real. Porém, deve se levar em consideração que a investigação de Marx sobre o capitalismo teve diálogo com outros importantes autores (Smith, Ricardo e outros), e que então o mesmo argumento seria válido para os outros (eles também seriam considerados ultrapassados). Além dele não ter investigado apenas o capitalismo de sua época, mas também as condições objetivas de produção e da acumulação do capitalismo acelerado. Só seria possível negar suas ideias se o capitalismo tivesse se tornado o avesso de si próprio, ou seja, se a manipulação econômica, social e política, diferentes classes sociais, centralização do capital tivessem desaparecidos, e como o próprio Florestan concluiu: “Ora, isso não ocorreu.”

 Portanto, a análise do pensamento do Marx apresenta grande atualidade, mesmo sendo superada em alguns aspectos, em outros ela continua a se desdobrar nas posturas das ciências sociais e da comunicação.

Ciências Sociais – resumo pág 1 a 15

Resumo  – Texto 2- As principais contribuições do pensamento sociológico clássico

Turma sala 206  Direito

Ciências Sociais – Professor Osório

Alunos: Érico, Gabriela, Lúcia, Juliana, Isabela, Raphael, Daysa, Renata, Fellipe,

Apresentação

Parte I- A formação de uma ciência do social: Sociologia

 

Sociologia é o estudo das relações humanas, é descobrir como as coisas funcionam,  aplicar métodos e levar a sociedade para uma sociedade desejável de modo científico.

Ciência é uma visão mais prática de entender e atuar no mundo e saber o seu funcionamento, garantido pelo método científico. Garante-se o sucesso da prática usando o conhecimento e o reconhecimento verdadeiro.

A ciência é um jeito especial de entender o mundo e garantir a verdade do conhecimento. Aquilo que não é ciência damos o nome de senso comum, pois para ele não é preciso garantir a verdade. Já o núcleo do conhecimento científico é garantir a verdade.

A ciência pura é descobrir como as coisas funcionam, enquanto a ciência aplicada é a ciência prática que vai levar em conta a utilidade, a moral e a ética.

Temos uma pré-sociologia,  uma herança científica,  métodos científicos.

Bacon: indução sistemática,  é a exploração exaustiva das evidências.

Newton: matemática para fazer sociologia (investigação da natureza)

Decartes: dúvida que gera descoberta.

Adam Smith : liberalismo econômico, a força do interesse econômico.

Locke: empirismo – razão e conhecimento vem da experiência.

A sociologia surgiu na base do pensamento burguês sobre duas tendências: O Iluminismo (homem racional), e O Liberalismo (iniciativa privada econômica). Após a Revolução Inglesa e Francesa e em meio a Revolução Social.

A diferença social é o grande motivo que tornou a sociologia importante para o contexto atual. A ordem social deu origem a sociologia.

A sociedade ideal é a sociedade liberal e para chegar nela eu aplico a ciência da Sociologia.

 

1.3. Iniciando uma ciência do social

1.3.1O primeiro problema:

Na questão empírica constatava-se a diferença entre as sociedades, mas apelando ao racionalismo eram buscadas hipóteses e categorias gerais que permitiam classificar essas diferenças. Esse problema remete para o método de conhecimento aplicável.

Para isso, o idealismo kantiano, no final do século XVIII vem emprestar ao problema um encaminhamento praticamente definitivo: a construção da ciência se daria a partir de uma razão crítica, ou seja, uma crítica da lógica das categorias e juízos aplicados à observação empírica; enquanto uma lógica da razão prática seria aquela destinada a subsidiar as ações (ética) e preceitos (moral).

As ações fundamentais à construção da ciência seriam dadas pelos verbos Descrever e Explicar, dentro desse idealismo de Kant. Esse idealismo estabelece a diferença entre fenômenos da natureza e as ações, individuais e em sociedade. A ciência, para ele, deveria se ocupar do primeiro grupo, enquanto a moral e a ética, do segundo, tendência essa, de cunho filosófico, que se projeta até os dias atuais, e boa parte dos estudos descritivos têm em sua base os preceitos de kantianos. A ciência para Kant se faz pela aproximação entre as ideias (gerais) e a experiência de mundo (particulares), logo, o conhecimento científico é possível, na medida em que as ideias (formas dadas à razão humana) se apropriam dos dados da experiência (conteúdo sensível), sendo ela possível, ainda, porque  deve se ocupar dos fatos que aparecem no espaço e no tempo (fenômenos) e que se oferecem ao exame reflexivo, crítico, se ocupando da existência dos fenômenos existentes, passíveis de serem submetidos ao processo de investigação. Consequentemente, a realidade investigada será aquela tal como se apresenta e representa na mente humana, por um caminho lógico e racional, mas não a realidade em si.

 

1.3.2 Segundo Problema: Prever

Para prever tendências na sociedade, passar de um estado e prever a mudança (histórica), a Matemática resolveu uma parte: Smith, Turgot, Malthus, Ricardo dentre outros. E o sentido do desenvolvimento da sociedade (forças atuantes) foi dado por Hengel e Marx.

Idealismo Hegeliano: real é racional. A realidade vem da razão.Homem caminha para a liberdade e aperfeiçoamento ou seja adquirir consciência. Consciência em si é a consciência do sujeito dependente do outro, sem liberdade. Consciência para si, ou por si mesma, é a consciência do sujeito independente, sem a ideologia do outro, aperfeiçoada.

Materialismo histórico marxista é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade que procura as causas de desenvolvimentos e mudanças na sociedade humana nos meios pelos quais os seres humanos produzem coletivamente as necessidades da vida. As classes sociais e a relação entre elas, além das estruturas políticas e formas de pensar de uma dada sociedade, seriam fundamentadas em sua atividade econômica.

Para Hegel, os homens vivem como pensam, e para Marx,eles pensam como vivem.

 

1.3.3 Terceiro Problema:

 

Explicar cientificamente as diferenças sociais, classificá-las e ordenar em um contínuo racionalmente estabelecido é o questionamento é que dá origem às teorias sobre “povos” e “raças” que foram descobertos ao longo da colonização, e descritos em crônicas de viagens, de climas e da natureza.

Herbert Spencer e Augusto Comte, ambos do século XIX foram fundamentais para definir a questão da ordenação das diferenças sociais. Spencer adere a uma teoria de linha evolutiva; Comte, uma lei do progresso, ou de sucessão de três estágios.

Spencer admitia similaridade entre natureza e sociedade humanas, ambas apresentando um percurso evolutivo do simples para o complexo, do homogêneo para o heterogêneo, traçando uma linha evolutiva: das hordas primitivas para as sociedades mais simples, baseadas na força das armas (sociedades militares), até a sociedade industrial, cuja coesão social baseava-se em um contrato voluntário entre seus membros. Em função dessa voluntariedade do contrato, Spencer considerava o sistema liberal como o mais adequado para manter a liberdade e a ordem social. Para ele ainda, o processo evolutivo é ao mesmo tempo interno (das consciências, da motivação dos homens, da boa vontade), como externo (uma força que está presente na natureza, embora não se possa estudá-la, por si mesma). A determinação das pessoas em superar as dificuldades, principalmente a guerra, seriam condições básicas para esse processo evolutivo, que ele identifica como Progresso.

A semelhança entre a ideia evolucionista de Spencer e a de Darwin para a natureza sugeriria um intercâmbio entre eles, porém isso não ocorreu. Embora Spencer seja considerado o “pai” do Darwinismo social, sua obra antecede à publicação de Darwin, mas é perfeitamente possível  a comparação entre eles dada a semelhança de suas ideias.

 

1.3.4 Quarto Problema

 

Esse problema está relacionado a natureza científica, já que o pesquisador ou cientista está sempre envolvido na pesquisa em questão. Esse processo tende a mostrar a falácia da pesquisa.

A objetividade não é garantida pelos procedimentos, mas pela postura ética do pesquisador na concepção, e aplicada aos instrumentos de pesquisa adequada e coerente com o objeto.

As ciências sócias  podem e se utilizam de vários recursos como estatísticas utilizadas em outras ciências, mas isso não garante a coerência dos resultados, caso os instrumentos não sejam adequados, os resultados podem ser preconceituosos.

Não podemos considerar ciências humanas e sociais como menores, já que demonstram o desconhecimento de saber além de séria carência de conhecimento de história e filosofia da ciência e da própria tomado como parâmetro da objetividade.

Por tanto, considerar ciências humanas como menos objetivas seria falta de conhecimento.

 

1.3.5 O Quinto problema

 

Os iluministas, governos e planejadores se preocuparam com a possibilidade da ciência encontrar um denominador comum a todos, estabelecendo cientificamente uma ordem social. Faz-se necessário uma observação que nem a filosofia e a ciência têm o propósito de manter a ordem social. Pois isso acontece em governos autoritários e em ditaduras com normas igualmente autoritárias, como por exemplo no Nazismo de Hitler com as Leis Nuremberg e a Ditadura Militar Brasileira com os Atos Institucionais e a Lei de Segurança Nacional.

Segundo sociólogo Weber, em sua obra teria uma possibilidade desse denominador comum com a  possível  intervenção planejada, racional e burocrática para atingir níveis superiores de se obter eficiência dos serviços públicos, com políticas públicas. E tais políticas devem ser acompanhadas de instruções e disposições legais e financeiras (impostos, taxas, multas e outros) sempre com a aprovação do poder legislativo.

A ideia de uma ordem social geral comum a todos sempre foi almejada pelos colonizadores e os impérios. E hoje ainda há esse desejo na sociedade globalizada. Porém se o denominador comum considerado é o consumo de bens, a renda dos possíveis consumidores restabelece a diferença entre segmentos sociais e entre os países. Embora as “teorias” de Marketing sejam sempre colocadas como explicações para orientar comportamento social, que interessa é o consumo, elas não abrangem a complexidade do capitalismo financeiro contemporâneo.

 

Parte II As principais contribuições do pensamento sociológico clássico

  1. Augusto Comte (1798-1857)

Auguste Comte foi o inventor da palavra Sociologia e a definiu como ciência. Também fundou o Positivismo, filosofia que teve influência dominante nos primeiros momentos daquela ciência.

Merece destaque no modo de pensar comteano a ideia de que há uma evolução das ciências ao longo do tempo de modo que as mais complexas surgem “absorvendo” as antecedentes, estabelecendo-se assim, uma hierarquia entre elas. Da mais simples à superior, Comte entendia que fossem: Matemática; Astronomia; Física; Química; e Biologia. Estas ciências seriam inevitavelmente superadas pela Sociologia, ciência nova e superior que abrangeria todas as anteriores, a “rainha das ciências”, “ciência da humanidade”.

O fenômeno social teria um aspecto estático e um dinâmico, à semelhança da ciências da natureza, como a Anatomia e Fisiologia no âmbito da Biologia. O próprio dualismo ‘ordem e progresso’ do Positivismo é consoante com essa visão.

O aspecto estático da sociedade estaria ligado à ordem social e o que preserva esta ordem. Elaborar-se-ia uma teoria positiva da sociedade, regulada por leis.

A dinâmica social é compreendida como o conjunto de leis naturais que respondem pela “evolução” da sociedade humana. Aqui reside a “lei dos três estágios” proposta por Comte em seu “Curso de Filosofia Positiva”.

A “lei dos três estágios” consiste no entendimento de que, nos esforços para explicar os fenômenos, a humanidade apresenta três estágios, que vão do mais  “primitivo” ao mais “avançado” e definitivo. São estes o estágio teológico; o metafísico; e o positivo. O primeiro caracteriza-se pela explicação baseada no sobrenatural, em divindades, subdividindo-se em animista, politeísta e monoteísta. No segundo estágio, conforme Comte, a explicação é fundada em conceitos abstratos e impessoais, e teria como exemplo as ideias iluministas implantadas pela Revolução Francesa, sendo uma espécie de metáfora do primeiro estágio. Já o último e definitivo estágio, o da positividade, apresenta como fundamento a observação, experimentação e comparação, o uso exclusivo do método científico.

É interessante observar que, no campo jurídico, o Positivismo é antagônico, por exemplo, aos Direitos Humanos, oriundos do Naturalismo Jurídico, sendo, pela “lei dos três estágios”, enquadrados no estágio metafísico. É uma manifestação do conflito “Direito Natural versus Direito Positivo”, “Jusnaturalismo versus Juspositivismo”.

Por fim, é notório que a filosofia positivista é marcadamente conservadora, centrada na preservação da ordem social.

Apesar de conservador, Comte reconhecia que a França estava passando por uma crise, evidenciada pela miséria em que vivia a população trabalhadora francesa de seu tempo.

Para ele a crise que a França estava passando era em decorrência do conflito entre a antiga ordem e a nova ordem.

Trata-se da manifestação de um longo processo iniciado no século XVI, com o “aparecimento de duas novas forças, a força industrial e a força científica, as quais desde a origem, e em virtude dessa própria origem, ficaram impregnadas para sempre do duplo caráter antagonista da antiga ordem política e de elementos de uma nova ordem”.

Comte via que o Positivismo, como expressão de uma “política científica”, seria o único movimento (e partido) capaz de conduzir a uma saída da situação social de crise, que, para ele, era de ordem moral, e não somente material.

O Positivismo seria um partido construtor de “uma política moderna, capaz de satisfazer aos pobres, tranquilizando os ricos”. Sob a proposta de “modernização e racionalidade” se situa o caráter conservador, e até certo ponto autoritário do Positivismo, e presente na concepção de Progresso.

As ideias positivistas tiveram grande influência no Brasil, especialmente entre militares e segmentos das elites “progressistas”. Deve-se a essa tendência a frase “Ordem e Progresso” presente na bandeira brasileira. Aparentemente a frase se refere às expectativas de toda a sociedade brasileira à época republicana, contudo, o sentido da “ordem” serviria exatamente para manter os privilégios em uma sociedade oligárquica, e ao “progresso” seriam atribuídas todas as medidas que favoreciam a agricultura de exportação e os interesses do capital internacional. Essa “ordem e progresso” também apareceu como “justificativa” das medidas de exceção e dos golpes militares.

O Progresso, para Comte, “é a direção necessária do conjunto total da evolução humana”. Ele reconhecia que esse progresso ocorria de maneiras diferentes nos vários países, “resultante de condições naturais, relacionadas, de um lado, ao organismo humano, e de outro ao meio em que se desenvolve”. Essas variações resultavam principalmente de três fatores: “1º) da raça, 2º) do clima, 3º) da ação política propriamente dita, considerada em toda sua extensão científica”.

Foi à ação política que Comte dedicou parte substancial de sua vida, na divulgação do Positivismo. Comte criou conceitos centrais à sociologia, tais como estratificação social, mobilidade, opinião pública, consciência social, dentre outros.

A postura “científica” de Comte, supostamente neutra, não o é, absolutamente, pois ele adjetiva comportamentos, estabelece hierarquias, e por fim, faz uma apreciação positivista da realidade.

Do ponto de vista teórico, as “leis naturais” que sustentavam sua abordagem foram invalidadas pela pesquisa, mas no campo da investigação sociológica, foi preservada a preocupação comteana com “os fatos observados”. Nessa direção, da observação empírica e do estabelecimento de relações comprováveis entre fatos, que o pensamento de Comte se projetou na obra de Durkheim e de muitos dos sociólogos empiristas posteriores.  

 

Ciências Sociais – resumo da apresentação dos alunos – até a pág 13

                                Resumo Professor Osório enviado por Alexsandra, que apresentou a classe em 4 de novembro:

 

Texto 2:  As principais contribuições do pensamento sociológico clássico.

Apresentação: O Texto situa a sociologia no âmbito das tendências de Constituição da ciência moderna. Trata de autores considerados clássicos e suas respectivas contribuições. A Parte 1 do texto deve ser analisada como se fosse uma história ou da trajetória da formação da sociologia. Veremos que a sociologia decorreu de questões complexas emergentes no convívio social na Europa do Século XIX, no contexto da industrialização.

O texto apresenta a contribuição dos autores como: Augusto Comte, Durkheim, Welber e Marx, no aparecimento da sociologia e no seu desenvolvimento presentes na sociedade burguesa.

Na Parte 1 do texto veremos 5 problemas concretos do pensamento científico sobre o social que enfrentou entre o século XVIII e final do século XIX.

Na parte 2 do texto teremos a contribuição dos autores citados acima, lembrado que Max que não era sociólogo.

Parte 1 a formação de uma ciência do Social, sociologia. 

De acordo com a citação de que a Sociologia é uma ciência do Social, surgem algumas indagações sobre o que vem a ser ciência? O que vem a ser o social?

Começamos pela formação de um modo especial, desvendar os segredos da natureza e do mundo e possivelmente interferir na natureza e no mundo com certo grau de sucesso, chamando esse modo especial de ciência, e segue em paralelo ao conhecimento cotidiano, ou de senso comum.

A ciência chamada sociologia, foi sendo construída ao longo do tempo a partir de questões teóricas, respondendo às situações emergentes na vida social.

Senso comum trata-se de uma modalidade de conhecimento ou entendimento da vida social e da natureza. Aos quais se mantêm ao longo de gerações, integra a tradição cultural mantém vínculos com o mito com a religião e também com uma política especialmente no âmbito ideológico, de que o senso comum expressou uma concepção de mundo.

A partir do Iluminismo no século XVIII e XIX em diante o pensamento racional foi conquistando corações e mentes como forma de entender o mundo.

Três importantes modalidades do conhecimento instauradas na vida cotidiana e profissional contemporânea, O Conhecimento Científico, Senso Comum e Conhecimento Prático aplicado, tem constituição histórica, aparecem articuladas, entram nas posições, dispersões, combinações nem sempre verdadeiras compondo dispositivo de entendimento do mundo, da sociedade e do outro.

O conhecimento científico herdeiro do Iluminismo, o esclarecimento, instaura um sujeito racional na relação de conhecimento de algo situado como seu objeto.

A crença no Poder da razão e da ciência levou a crença de que o conhecimento conduziria ao progresso da sociedade, a uma vida mais digna e em liberdade, porém o Nazismo veio mostrar que nem sempre a ciência conduz a esses objetivos.

O Aparecimento da Sociologia: As Heranças.  

Veremos que nesta herança de constituição da ciência, três nomes são fundamentais, Bacon, Newton e Descartes. É importante acentuar que a as contribuições desses autores estão presentes até hoje em diversas áreas. Exemplos: Um quadro de rendimento escolar associado às faltas dos alunos foi possível pela contribuição de Descartes.

Os experimentos de Psicologia tem forte influência da indução Baconiana.

Enquanto o tratamento estatístico dos resultados se apoia na matemática de Newton. Esses autores formam a base da ciência moderna, o método de indução sistemática em Bacon, a matemática como recurso para desvendar o universo e movimento de Newton e o racionalismo de Descartes.

Outra Herança da sociologia vinha do liberalismo econômico e político, especialmente de Adam Smith e David hume, dois autores do século XVIII, ambos favoráveis ao mercantilismo ou capitalismo comercial na formação da Riqueza das Nações.

Você deve estar pensando, mas o que tem haver o pensamento burguês com a sociologia? Tudo! A sociologia é uma ciência burguesa no sentido que ela surgiu do pensamento Burguês, e surgiu no momento em que a burguesia já detinha poder, como por exemplo: as Revoluções Inglesas e Francesas e em meio da revolução industrial. Todas essas revoluções têm a “mão” da burguesia, são adequadas aos seus objetivos econômicos, políticos desde que dentro de uma dada ordem social.

Autores básicos do pensamento moderno e fundamentais a ciência moderna:

Adam Smith: liberalismo econômico.

Locke: Empirismo e Liberalismo político.

David Hume: Empirismo radical, fundamental as ciências…

A base do pensamento burguês foi construída sobre duas tendências, o Iluminismo, representando na concepção do homem como ser racional, apto a desvendar os segredos da natureza, da sociedade e assim controlar a política e o Estado, o liberalismo representado pela iniciativa privada na economia, na condução dos negócios e nas relações entre governo e setor privado.

Essas diferenças se mostravam tanto na sociedade europeia, com a revolução industrial, quanto entre os países europeus e suas colônias, o aparecimento de uma modalidade de reflexão que toma “o social” como centro de indagação, tendo por objetivo entender e instaurar certos controles sobre a ordem social.

 

Existindo confiança na razão e na ciência, estabelecidas desde o século XVIII, se colocavam questões ao longo do século XIX. Pode se dizer que essas questões envolviam cinco problemas:

1º Problema: A sociedade se apresentava diferenciada na cultura, na língua, forma de agir, viver e pensar, desta forma, como aplicar regras gerais universal a todos

Nesta questão há duas tendências: pela observação empírica (conhecimento adquirido, durante a vida sem métodos científicos) constatava se a diferença, mas apelando ao racionalismo eram buscadas hipóteses que permitiam classificar e explicar essas diferenças de forma mais cientifica.

Mas no final do século XVIII, o idealismo kantiano veio ajudar nesta questão, a partir daí a construção da ciência se daria a partir de uma razão critica das logicas juntamente com a observação empírica. A lógica da razão cuidaria das ações de ética e moral.

No idealismo kantiano se dariam duas ações fundamentais para a criação da ciência que são: descrever e explicar, que é essencial para explicar a diferença entre os fenômenos da natureza e as ações individuais e em sociedade. A ciência se ocuparia do 1º grupo (individual), e a moral do 2º grupo (sociedade).

                               Ciência                                                            moral e ética          

 

 

Individual                                                              sociedade

Boa parte dos estudos de hoje tem base kantiana. A ciência é possível porque se ocupa da existência dos fenômenos, aqueles que podem ser submetidos ao processo de investigação, com isso a realidade será aquela que se apresenta na mente humana de forma logica e racional.

A filosofia de Kant era denominada por ele de transcendental, abrange o campo de investigação para o desenvolvimento da ciência, ele acreditava que se todos agissem da mesma forma, essas ações poderiam se tornar uma lei universal.

 

2º Problema: A vida social é histórica, e tempo é fundamental para explicar o passado, mas, e para controlar e prever a direção do futuro, como prever a mudança histórica em uma sociedade?

 

Com a utilização da matemática em partes essa questão estava resolvida, com uso do quadro cartesiano, funções matemáticas, ideias estimativas e outros instrumentos mais complexos que foram muito usados pelos filósofos SMITH, TURGOUT, MALTHUS, RICARDO, entre outros.

Mas ainda precisava ser entendido o sentido do desenvolvimento da sociedade, quais as mudanças que estavam sendo promovidas e quais fatores atuantes, denominados de “força atuante”.

Se instalavam no século XIX duas tendências teóricas e filosóficas do idealismo hegeliano e marxismo, ambos influenciam diretamente na construção das ciências sociais e humanas.

Hegeliano– é uma versão idealista que vem de Hegel, baseada nas ideias.

Marxista– vem de Marx, é uma versão materialista, baseadas nas condições concretas do cotidiano.

Para Hegel os homens vivem como pensam. Para Marx os homens pensam como vivem.

Para Hegel a concepção de história é uma dialética dotada de sentidos, uma dialética idealista “a consciência do homem caminha para o aperfeiçoamento e liberdade, independentemente de estarem ou não submetidos as condições de privação de direito”. Hegel acreditava que a relação entre o senhor e escravo ilustra a concepção dialética e expõe os conceitos de “consciência em si” e “consciência para si”. Trata se de uma dependência que uma pessoa tem em outra. O escravo não precisa do seu dono para ser inserido no mundo cotidiano, mas acredita precisar dele para permanecer vivo, o senhor precisa do escravo para se prover de tudo o que o escravo tem a lhe oferecer com seu trabalho, desta forma o dono se torna dependente do trabalho do escravo. Consequentemente é o escravo que pode tomar consciência para si e se libertar, quando ele entender que não precisa do dono para viver ele se liberta.

Marx era economista e quando jovem pertenceu ao grupo de estudo de Hegel, mas era contra as ideias hegelianas. Marx tinha uma concepção materialista da história, as concepções para Hegel e Marx não são totalmente opostas, pois há elementos comuns entre elas, e isso fica claro na leitura de Arthur Giannotti (1985). As conclusões de Marx eram totalmente empíricas, baseadas num estado crítico feito por ele da economia política.

 

3º Problema: Se as sociedades se apresentam diversas, haveria um princípio ordenador dessa diversidade, leis sociais ou estágios que explicariam as diferenças.

Dois verbos seriam fundamentais a atividade cientifica: classificar e ordenar.

Ao longo da colonização foram descobertos a origem das teorias de povos e raças descrito pelos hábitos dos habitantes, os europeus ficaram curiosos e logo depois se desenvolve a teoria do bom selvagem (homem puro).

Na visão eurocêntrica (visão da Europa) do mundo diferente era o povo não civilizado, ou seja, o povo não europeu, essa classificação e ordenação de aspectos culturais e de povos ou entre primitivos e civilizados, superior e inferior e elementar e complexo.

Ordenação: dois autores influenciam no séc. XIX (19) Herbert Spencer e Auguste Comte. Em ambos encontram a base do simples ao complexo, em Spencer uma linha evolutiva, em Comte uma lei do progresso.

Spencer: filosofo, precursor das ciências sociais e da psicologia, admitia similaridade entre natureza e sociedade humana em um percurso evolutivo do simples para o complexo, do homogêneo para o heterogêneo assim traçando uma linha evolutiva do primitivo para uma sociedade mais simples com base nas forças armadas (sociedade militares) até a sociedade industrial sendo a coesão visual um contrato voluntario entre os membros, sendo um contrato voluntario o sistema seria liberal sendo o mais adequado para manter a liberdade e a ordem.

Existe uma semelhança entre a noção de evolução em Spencer e Darwin porem as obras de Spencer se apresentam anterior as de Darwin, Spencer seria o pai do darwinismo social.

Comte: fundador do positivismo e inventor da palavra sociologia, para ele a realidade social é passível de conhecimento, para Comte para atingir uma finalidade seria necessário usar o método do positivismo.

Sociologia: uma ciência que tem como objetivo os fenômenos sociais e explicar o desenvolvimento das espécies, na perspectiva positivista de Comte deve se conhecer a realidade para melhora lá e isso expressa a ambição dele para a nova ciência chamada sociologia.

Positivismo (Comte) X Darwinismo social (Spencer)

Estão relacionadas ao desenvolvimento das ciências biológicas, iluminismo, empirismo e evolucionismo, essas ideias são contrarias ao idealismo de Kant e Hegel, pois para eles existe a dinâmica da vida biológica e a dinâmica social. A tendência do positivismo trazia preocupação com o controle social, portanto com a aplicação dos conhecimentos a problemas práticos ex: vacinas, saneamentos organização do espaço urbano e sendo que essas medidas poderiam ser tomadas pela propriedade privada e Estado, com a finalidade de manter a ordem e promover o progresso, o pensamento positivismo de Comte influenciou e temos na nossa bandeira as palavras ordem e progresso como sistema positivo a ser seguido.

 

4º Problema: Se o pesquisador ou cientista social se insere na sociedade que investiga, nos problemas e nas questões que investiga, ele não contaminaria a pureza das ciências, esse fato não tornaria as ciências humanas e sociais ciências menos objetivas, ciências menores?

O pesquisador investigador não pode se envolver no meio, pois estaria influenciando com sua presença no comportamento dos outros. O cientificismo não é uma garantia de verdade absoluta nas ciências sociais e humanas, pois as sociedades são históricas que dependem de práticas sociais, dinâmicas e interesses emergentes, envolve a comunicação. Considerar as ciências sociais e humanas como menores demostra desconhecimento desse campo e carência do conhecimento filosófico da ciência.

 

5º Problema:  Se em uma mesma sociedade, há diferentes modos de viver, interesses distintos, contradições entre eles, seria possível a ciência encontrar um denominador comum a todos, e estabelecer cientificamente uma ordem social?

Nesse problema se preocuparão os iluministas, governos e planejadores, o controle social, a manutenção da ordem social entre outros.

A ciência e a filosofia não têm o propósito de manter a ordem social, exceto em casos do governo ser autoritário, ditaduras, sendo acompanhadas pelo direito e suas normas autoritárias ex: nazismo, ditadura militar brasileira.

Em tempo de normalidade democrática as ciências sociais são aplicadas por meio de planejamento (weber era sociólogo e trouxe isso em sua obra uma possibilidade de intervenção planejada, racional e burocrática)

O poder legislativo tem que aprovar possíveis implantações ex: impostos, taxas, multas etc), pois as políticas públicas como a educação inclusiva, desenvolvimento econômico, distribuição de renda são objetivos comum em uma sociedade e consequentemente implica a ordem social no capitalismo.

Enfim, a ideia de ordem social geral sempre foi gosto dos colonizadores e dos impérios de modo geral, hoje a sociedade é globalizada pelos meios de comunicação e o denominador comum é o consumo de bens. O capitalismo financeiro contemporâneo e as teorias de marketing influenciam no comportamento social, por mais que tente diferenciar suas interpretações e práticas ela não abrange toda sua complexidade.

 

 

 

Ciências Sociais – Texto Complementar – Iluminismo

Este é um texto enviado pelo professor Osório. Aqui é o link do texto original ( com figuras):

O ILUMINISMO

Abaixo o texto sem figuras transcrito neste post.

O ILUMINISMO                                                                     (setembro 2015)

História do Iluminismo, o pensamento no Século das Luzes, critica ao absolutismo, pensadores iluministas, Rousseau, Montesquieu, Voltaire, Locke, Diderot e D’Alembert, ideias dos principais filósofos, filosofia e política nos séculos XVII e XVIII.

 

Introdução

Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.

Os ideais iluministas 

Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.

Século das Luzes

A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil.

Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.

Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas.

No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa.

Principais filósofos iluministas 

Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismoVoltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

Jean-Jaques Rousseau – um dos principais filósofos do Iluminismo

iluminismo  foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação. O centro das idéias e pensadores Iluministas foi a cidade de Paris.

Os iluministas defendiam a criação de escolas para que o povo fosse educado e a liberdade religiosa. Para divulgar o conhecimento, os iluministas idealizaram e concretizaram a idéia da Enciclopédia (impressa entre 1751 e 1780), uma obra composta por 35 volumes, na qual estava resumido todo o conhecimento existente até então.

O iluminismo foi um movimento de reação ao absolutismo europeu, que tinha como características as estruturas feudais, a influencia cultural da Igreja Católica, o monopólio comercial e a censura das “idéias perigosas”.

O nome “iluminismo” fez uma alusão ao período vivido até então, desde a Idade Média, período este de trevas, no qual o poder e o controle da Igreja regravam a cultura e a sociedade.

Montesquieu, um dos principais filósofos do Iluminismo. Obra de autor desconhecido.

Os principais pensadores iluministas foram:

Montesquieu (1689-1755) – fez parte da primeira geração de iluministas. Sua obra principal foi “O espírito das leis”. Antes mesmo da sociologia surgir, Montesquieu levantou questões sociológicas, e foi considerado um dos precursores da sociologia.

Voltaire (1694-1778) – Critico da religião e da Monarquia, Voltaire é o homem símbolo do movimento iluminista. Foi um grande agitador, polêmico e propagandista das idéias iluministas. Segundo historiadores, as correspondências de Voltaire eram concluídas sempre com o mesmo termo:

Écrasez l’Infâme (Esmagai a infame). A infame a que se referia era a Igreja católica. Sua principal obra foi “Cartas Inglesas”.

Diderot (1713-1784) – Dedicou parte de sua vida à organização da primeira Enciclopédia, sendo essa a sua principal contribuição.

D’Alembert (1717-1783) – Escreveu e ajudou na organização da enciclopédia.

Rousseau (1712-1778) – redigiu alguns verbetes para a Enciclopédia. Suas idéias eram por vezes contrárias as dos seus colegas iluministas, o que lhe rendeu a fama de briguento. Sua principal obra foi “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.

O movimento iluminista utilizou da razão no combate a fé na Igreja e a idéia de liberdade para combater o poder centralizado da monarquia. Com essa essência transformou a concepção de homem e de mundo.

A partir do iluminismo surgiu outro movimento, de cunho mais econômico e político: o liberalismo.

O ILUMINISMO – Pensadores e características

Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.

Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.

As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como:
– Mercantilismo.
-Absolutismo monárquico.
– Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé.
Com base nos três pontos  acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia:
– A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia.
– O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão.
– O predomínio da burguesia e seus ideais.

As idéias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo – ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas idéias iluministas.

Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as idéias de progresso iluministas.

Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.

Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e idéias neste período. São eles:

John Locke
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia.

Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.

Voltaire

François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.

Montesquieu
Charles de Secondat Montesquieu em sua  obra “O espírito das leis”  defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.

Rousseau

Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.

Quesnay
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.

Adam Smith
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
– o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
– para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
– para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.

 

 

Iluminismo

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[edit]

iluminismo, também conhecido como Século das Luzes[1] e como Ilustração[2] [3] [4] [5] foi um movimento cultural da elite intelectualeuropeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval. Abarcou inúmeras tendências e, entre elas, buscava-se um conhecimento apurado da natureza, com o objetivo de torná-la útil ao homem moderno e progressista[6] . Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância da Igreja e do Estado. Foram vários os príncipes reinantes que muitas vezes apoiaram e fomentaram figuras do iluminismo e até mesmo tentaram aplicar as suas ideias ao governo. Originário do período compreendido entre os anos de 1650 e 1700, o iluminismo foi despertado pelos filósofos Baruch Spinoza (1632-1677),John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647-1706) e pelo matemático Isaac Newton (1643-1727). O iluminismo floresceu até cerca de 1790-1800, após o qual a ênfase na razão deu lugar ao ênfase do romantismo na emoção e um movimento contrailuminista ganhou força.

O centro do iluminismo foi a França e culminou com a grande Encyclopédie (1751-1772) editada por Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d’Alembert com contribuições de centenas de líderes filosóficos (intelectuais), tais como Voltaire (1694 -1778) e Montesquieu (1689-1755). Cerca de 25.000 cópias do conjunto de 35 volumes foram vendidos, metade deles fora da França. As novas forças intelectuais difundiram-se para os centros urbanos de toda a Europa, nomeadamente InglaterraEscócia, os estados alemães, Países BaixosRússia,ItáliaÁustria e Espanha, em seguida, saltou o Atlântico para colônias europeias, onde influenciou Benjamin Franklin e Thomas Jefferson, entre muitos outros, e desempenhou um papel importante na Revolução Americana. Os ideais políticos influenciaram a Declaração de Independência dos Estados Unidos, a Carta dos Direitos dos Estados Unidos, a Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição Polaco-Lituana de 3 de maio de 1791.[7]

Índice

[esconder]

Definição

Immanuel Kant.

Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do iluminismo no século XVII tardio,[8] não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes .[9] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).[10]

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos “micro-iluminismos”, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de “iluminismo tardio”, “iluminismo escocês” e “iluminismo católico”.

O iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um lugar melhor – mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.[11] Immanuel Kant como resposta à questão “O que é o iluminismo?”, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:

O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! – esse é o lema do iluminismo“.[12]

Fases do iluminismo

Frontispício da Encyclopédie(1772), desenhado por Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: a figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade.

Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano.[13]Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade.

O uso do termo iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas ideias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais.

Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepçõesmecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que a primeira fase do iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais.

No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII, aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida.[14] Boa parte das teorias sociais e das filosofias da história desenvolvidas na segunda metade do século XVIII, por autores como Denis Diderot e Johann Gottfried von Herder, entre muitos outros, foram fortemente inspiradas pela obra de naturalistas tais como Buffon e Johann Friedrich Blumenbach.

Os iluminismos regionais

Alemanha

No espaço cultural alemão, um dos traços distintivos do iluminismo (Aufklärung) é a inexistência do sentimento anticlerical que, por exemplo, deu a tônica ao iluminismo francês. Os iluministas alemães possuíam, quase todos, profundo interesse e sensibilidade religiosas, e almejavam uma reformulação das formas de religiosidade. O nome mais conhecido da Aufklärung foi Immanuel Kant.[15] Outros importantes expoentes do iluminismo alemão foram: Johann Gottfried von HerderGotthold Ephraim LessingMoses Mendelssohn, entre outros.[16]

Escócia

Ver artigo principal: Iluminismo Escocês

David Hume,
por Allan Ramsey, 1766, na Galeria Nacional da Escócia

Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção de ideias associadas ao iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as tendências mais marcantes do iluminismo escocês.[17]Dentre os seus mais importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam FergusonDavid HumeFrancis HutchesonThomas Reid,Adam Smith.[18]

Estados Unidos

Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados com contornos religiosos e politicamente mais radicais. Ideias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles: John AdamsSamuel AdamsBenjamin FranklinThomas JeffersonAlexander Hamilton e James Madison.[19]

A fermentação política nas colônias norte-americanas ocorria no contexto do Iluminismo, o movimento de transformação intelectual que se espalhou por toda a Europa e pelo Novo Mundo. A Declaração de Independência foi inspirada nas ideias Iluministas – e também serviu para lhes dar forma. Jefferson e Franklin são considerados os principais expoentes desse pensamento, e a Declaração é um de seus textos canônicos.[20] Os iluministas americanos ficaram famosos por criticarem a concentração de renda e ao voto censitário.[21] [22] Um dos pilares do iluminismo americano foi o pacifismo.[23] [24] [25]

França

A França é considerada por muitos o país que liderou intelectualmente o iluminismo europeu. Durante o século XVIII, os intelectuais franceses foram os primeiros a promover os valores iluministas, apenas de os personagens mais importantes da época não serem franceses. Eles eram conhecidos como Philosophes (filósofos), dentre os quais o mais famoso foi Voltaire, Diderot e Montesquieu. Tiveram papel fundamental pois, vivendo numa época em que a França ainda era um Estado católico sob autoridade religiosa de Roma, transformaram-se em mártires do iluminismo devido à sua luta contra a censura e intolerância.[26] Os Philosophes eram, por toda parte, inimigos do cristianismo. Mesmo assim, suas ideias e crenças traziam a marca indelével da religião perseguida.[27]

Na França, país de tradição católica, mas onde as correntes protestantes, nomeadamente os huguenotes, também desempenharam um papel dinamizador, havia uma tensão crescente entre as estruturas políticas conservadoras e os pensadores iluministas. Rousseau, por exemplo, originário de uma família huguenote e colaborador da Encyclopédie, foi perseguido e obrigado a exilar-se na Inglaterra. O conflito entre uma sociedade feudal e católica e as novas forças de pendor protestante e mercantil, irá culminar na Revolução FrancesaMadame de Staël, com o seu salão literário, onde avultam grandes nomes da vida cultural e política francesa, será uma grande referência. Voltaire é retratado como um dos maiores filósofos iluministas da história.

Inglaterra

Na Inglaterra, a influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com a Revolução Gloriosa. A partir de então, nenhum católico voltaria a subir ao trono – embora a Igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do catolicismo em termos doutrinários e de organização interna. Sem o controle que a Igreja Católicaexercia em outras sociedades, a exemplo da espanhola ou a portuguesa, é no Reino Unido que figuras como John Locke e Edward Gibbon dispõem da liberdade de expressão necessária ao desenvolvimento de suas ideias.

Portugal

Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrara-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal eram chamados pejorativamente de estrangeirados – fato pretensamente relacionado à influência Católica.

As Colónias Americanas e o Império Português

Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como “iluministas” diversos dos intelectuais que participaram de revoltas anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

Crítica ao mercantilismo

Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo. O mercantilismo, doutrina econômica típica da época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes com a nova realidade do capitalismo, foram teorizadas.

Os primeiros contestadores do mercantilismo foram os fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O comércio era considerado uma atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas. Outro aspecto da fisiocracia contrariava o mercantilismo: os fisiocratas eram contrários à intervenção do Estado na economia. Esta seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A frase que melhor define o pensamento fisiocrata é: Laissez faire, laissez passer (Deixai fazer, deixai passar).

A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith, pai da economia clássica. A economia política como ciência autônoma não existia naquela época. O pensamento econômico era fruto do trabalho assistemático de intelectuais, que ocasionalmente se interessavam pelo problema: um dos principais teóricos da escola fisiocrata era um médico, François Quesnay.

Impacto

Declaração dos Direitos do Homem e do CidadãoFrança, 1789, um dos muitos documentos políticos produzidos no século XVIIIsob a inspiração do ideário iluminista.

iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja.

O iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional ocorridos no continente americano a partir de 1776.

Muitos autores associam ao ideário iluminista o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber, liberalismosocialismo, e social-democracia.

Iluministas notáveis (ordenados por ano de nascimento)

  • Bento de Espinosa(1632–1677), filósofo holandês, com ascendência judaica portuguesa. É considerado o precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Ética (1677).
  • John Locke(1632 – 1704), filósofo inglês. Ele negava a ideia de que Deus determinava o destino dos homens e afirmava que era a sociedade que os moldava para o bem ou para o mal.[28] Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689); Dois tratados sobre governo (1689).
  • Montesquieu(Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Defendia a ideia de que o governo deveria ser exercido por três poderes independentes (Legislativo, Executivo e Judiciario), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos.[28] Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).
  • Voltaire(pseudónimo de François-Marie Arouet) (1694-1778), defendia a existência de um monarca absoluto, desde que cultuasse a ciência e estivesse aberto às reformas propostas pelos filósofos iluministas. Filósofo francês, era anticlericalista (acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764) e Cartas Inglesas (1734).[28]
  • Benjamin Franklin(1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à independência dos Estados Unidos e da elaboração da constituição de 1787.
  • Buffon(Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon) (1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A história natural, geral e particular(1749–1778; 36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de natureza e história dos autores do iluminismo tardio.
  • David Hume(1711-1776), filósofo e historiador escocês.
  • Jean-Jacques Rousseau(1712-1778), filósofo suiço. Era favorável à participação do povo na vida pública, por meio da eleição de seus representantes políticos. Defendia a necessidade de reformas sociais, e criticava a nobreza e a burguesia. Escrito mais importante: Do Contrato Social.[28]

Denis Diderot,
por Louis-Michel van Loo, 1767, noMuseu do Louvre

  • Denis Diderot(1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D’Alembert a “Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios”, composta de 33 volumes, com o propósito de sintetizar os principais conhecimentos acumulados pela humanidade, nas diversas áreas do saber. Essa obra foi publicada pela primeira vez na França (1751 e 1772) e tornou-se o principal veículo de divulgação de suas ideias na época.[28] Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista.
  • Adam Smith(1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A Riqueza das Nações em que ele propunha o fim dos monopólios e da política mercantilista.[28]
  • Immanuel Kant(1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral.
  • Gotthold Ephraim Lessing(1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento.
  • Edward Gibbon(1737–1794), historiador inglês.
  • Benjamin Constant(1767–1830), político, filósofo e escritor de nacionalidade franco-suíça. Um dos pioneiros do liberalismo, amigo pessoal de Madame de Staël e aluno de Adam Smith e David Hume na Escócia. Constant foi imensamente influenciado pelo iluminismo escocês, tanto em seu trabalho sobre religião, quanto em seus ideais de liberdade individual.

Iluminismo foi um movimento intelectual que ocorreu na Europa do século XVIII, e teve sua maior expressão na França, palco de grande desenvolvimento da Ciência e da Filosofia. Teve grande influência a  nível cultural, social, político e espiritual.

Também conhecido como Época das Luzes, foi o período de transformações na estrutura social na Europa, onde os temas giravam em torno daLiberdade, do Progresso e do Homem.

Iluminismo foi um processo desenvolvido para corrigir as desigualdades da sociedade e garantir os direitos naturais do indivíduo, como a liberdade e a livre posse de bens. Os iluministas acreditavam que Deus estava presente na natureza e também no próprio indivíduo, sendo possível descobri-lo por meio da razão.

Iluminismo é o nome que se dá à ideologia que foi sendo desenvolvida e incorporada pela burguesia da Europa, a partir das lutas revolucionárias do final do século XVIII. Apesar disso, o iluminismo não foi apenas um movimento ideológico, mas também político, potenciado pela Revolução Francesa.

Iluminismo é uma doutrina filosófica e religiosa preconizada no século XVIII, baseada na existência de uma inspiração sobrenatural.

Origem do Iluminismo

As origens do Iluminismo já se encontravam no século XVII, nos trabalhos do francês René Descartes, que lançou as bases do racionalismo, como a única fonte de conhecimento. Acreditava numa verdade absoluta, que consistia em questionar todas as teorias ou ideias pré-existentes. Sua teoria passou a ser resumida na frase: “Penso, logo existo”.

O iluminismo foi um movimento que teve seu ponto de partida na dúvida e na insatisfação, que eram constantes na Europa, nas duas últimas décadas do século XVIII. Na França, onde o movimento teve maior expressão, os limites feudais se chocavam com o desenvolvimento do capitalismo emergente. A burguesia, liderando camponeses e operários, se lançou contra a nobreza e o clero e assumiram a direção do movimento.

Iluminismo na França

Era na França do século XVIII, o palco mais expressivo das contradições dos limites feudais, que se chocavam com os grupos privilegiados e o rei.

As lutas sociais, o desenvolvimento da burguesia e de seus negócios e a crença na racionalidade chegaram ao auge na propagação dos ideais iluministas, estes levados pela onda da Revolução Francesa. Puseram fim às práticas feudais existentes naquele país e estimularam a queda de regimes absolutistas-mercantilistas, em outras partes da Europa.

Pensadores Iluministas

Os pensadores iluministas, chamados indistintamente de “filósofos”, provocaram uma verdadeira revolução intelectual na história do pensamento moderno. Inimigos da intolerância, esses pensadores defendiam acima de tudo a liberdade. Eram partidários da ideia de progresso, procuravam uma explicação racional para tudo.

O principal objetivo dos filósofos era a busca da felicidade humana. Rejeitavam a injustiça, a intolerância religiosa e os privilégios. Pela promessa de livrar a humanidade das trevas e trazer a luz por meio do conhecimento, esses filósofos foram chamados de iluministas.

Um dos maiores nomes do iluminismo foi o francês Voltaire, que criticava a Igreja e o clero e os resquícios da servidão feudal. Porém, acreditava na presença de Deus na natureza e no homem, que podia descobri-lo por meio da razão, daí a ideia de tolerância e de uma religião baseada na crença em um ser supremo. Acreditava na livre expressão, condenando a censura. Criticava a guerra e acreditava nas reformas, que realizadas sob a orientação dos filósofos, podiam resultar em um governo progressista.

Montesquieu, que era aristocrata, afirmava que cada país deveria ter um tipo de instituição política, de acordo com o seu progresso econômico-social. Sua contribuição mais conhecida foi a doutrina dos três poderes, em que defendia a divisão da autoridade governamental em três instâncias: executivo, legislativo e judiciário, cada um deles deveria agir de modo a limitar a força dos outros dois.

Jean Jacques Rousseau foi o mais radical e popular dos filósofos. Criticava a sociedade privada, idealizava uma sociedade de pequenos produtores independentes. Defendeu a tese da bondade natural dos indivíduos, pervertidos pela civilização. Propunha uma vida familiar simples, uma sociedade baseada na justiça, igualdade e soberania do povo.

Expansão do Iluminismo

O clima ideológico criado pelos iluministas tornou-se tão forte e difundido que vários governantes procuraram colocar em prática suas ideias. Sem abandonar o poder absoluto, procuraram governar conforme a razão e os interesses do povo.

Iluminismo no Brasil

Os ideais iluministas (o fim do colonialismo e absolutismo, o liberalismo econômico e a liberdade religiosa) estiveram presentes no Brasil e foram responsáveis pela Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Fluminense (1794), a Revolta dos Alfaiates na Bahia (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).

O Iluminismo serviu de motivação para os movimentos separatistas do século XVIII no Brasil e teve uma grande importância no desenvolvimento político no Brasil.

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Ciências Sociais Aula 05 09/09/2015

Ciências Sociais Aula 05 09/09/2015

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professor disse que não vai mais entregar o texto em papel. Solicitamos que pelo menos trouxesse uma cota de 10 a 20 copias para aqueles alunos que não tem costume de ler eletrônico/email.
Recomendado: Livro Uma nova história do mundo. Ele pega fatos históricos e dedica uma ou duas páginas. E se você quer saber mais, ele dá os links e sugestões para o conteúdo.
última aula paramos na pagina 11
Quando o feudalismo cai, o burguês começa a produzir para si mesmo, surgem os novos ricos. Surgem então os novos ricos burgueses. O conceito de burgues muda e  hoje temos o conceito de burguês como o cara endinheirado.
Aparecem fortunas que financiam a continuação da revolução. Essa fortuna também financia a revolução americana. Na Inglaterra se forma uma nova representação social  câmara dos comuns que é eleita pelo povo e a câmera dos lords – onde é mantida por hereditariedade. O primeiro ministro é eleito, que aparentemente tem autonomia, mas não faz nada sem consultar a rainha.
Curiosidade – A atual rainha Elisabeth é a rainha mais longeva da história. A Rainha não vai comemorar seu aniversário, pois isso vai contra a austeridade que o Reino precisa na atual crise econômica. Título de nobreza não pode ser comprado na Inglaterra. Charles não quer ser rei. Se William assumir o trono, A Kate não seria rainha. Ela hoje é duquesa.
Há influência burguesa nas revoluções inglesa, francesa e americana.
A francesa tem caráter revolucionário e expressa com mais força o pensamento burguês – leva Napoleão Bonaparte, de origem não nobre. Quando o movimento cresce, ele é indicado como imperador. Depois do período de terror, há uma ditadura, chamada consulado e ele se intitula imperador, faz o papa coroar ele.
Paradoxo – os ricos em suas festas debatiam ideias afinadas às condições dos menos favorecidos. A pergunta é  como compatibilizar essas ideias aos interesses dos ricos.  Provocava debate mas não abalava o clima de fartura.
O bem amado – Luis XV disse:  “depois de mim, o dilúvio”. E depois o neto dele Luis XVI disse: o estado sou eu – terminou guilhotinado. Luis XV – não foi bom rei, Luis XI foi pior ainda.
Igreja tinha influência do cardeal Richilier – interventor da igreja na França, os reis lhe deviam respeito. O cardeal representava a igreja, é  a eminência parda do regime.
Uma das medidas mais impopulares do rei foi taxar o clero – isso foi muito complicado, é quase um passo à guilhotina. Outra medida impopular foi que  a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de Rousseau não foi ratificada pelo rei.
Rei luis XVI não aceita viver sobre a monarquia constitucional – diferente da Inglaterra – pois perderia o poder. Ele foi preso e condenado por um tribunal revolucionário e guilhotinado com sua esposa Maria Antonieta, e mais 2000 nobres.
Regime de Terror – institui o consulado e ai vem Napoleão Bonaparte.
1648 – bill of right – lei acima das leis. Hoje se refere a declaração de direitos. Os direitos dos cidadãos estão acima das leis.
Nossa constituição se apoia nessas constituições (americana, francesa e americana)? Difícil dizer pois a republica foi mais influenciada por Augusto Comte – positivismo/ ordem e progresso. Nossa história de colonia de Portugal trouxe da península o seu sistema judiciário. Portugal não punia lá. A maior punição era mandar para a colônia. É o degredo perpétuo.
Rousseau apontava 3 possibilidades de regime – democracia para estados pequenos, aristocracia eletiva para médios e monarquia para grandes.
pensamento maçônico – a construção do ser humano, defender o direito de dizer, mesmo que não concorde. Maçonaria aparece no Código da Vinci.
Próxima aula professor prometeu estudar o iluminismo
trabalhos sugeridos para atividade complementar – Manuscrito em uma folha de caderno:
1) parágrafo pág. 9 que começa com “observem” – Analisar a diferença entre pensamento de Smith e Locke. Compara e dar a opinião.
Observem como os pressupostos já se alteraram, embora Adam Smith escreva no “mesmo” horizonte temporal de Locke: a consolidação do capitalismo, da sociedade burguesa. Observem como o foco de apreciação da realidade sofreu um deslocamento: Smith parte de um pressuposto: as “leis” que presidem a expansão do capitalismo, enquanto Locke analisou o entendimento humano (o humano tomado em
dimensão individual) para discutir as condições que levaram à criação do Estado, e constituição de uma forma de governo. Essa diferenciação é significativa para sublinhar o pensamento de ambos.
2) A influencia do pensamento maçônico – paragrafo da página 09 – presentes na relação entre revolução francesa e americana.
As relações entre a Revolução Americana e a Francesa são estudadas sob vários ângulos, contudo perpassa a ambas as revoluções a influência do pensamento liberal inglês e escocês, de origem iluminista. Para alguns autores a influência comum reside no pensamento maçônico, também presente nos movimentos pela independência latino-americana e na independência e república do Brasil.

Ciências Sociais Aula 04 02/09/2015

Ciências Sociais Aula 04 02/09/2015
Professor Osório
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Professora Neusa se preocupou com o público, um texto palatável a todos.

Hoje recebemos um texto de 13 a 16. Deveríamos ter lido até a 12.
Dúvida: pág. 9 a riqueza vem do mercado, das relações e do capital. Ou a riqueza vem do trabalho. Isso será discutido mais adiante por Marx.
Trecho de Adam Smith – benevolência do açougueiro Exemplo: cheguei em casa e tinha uma cerveja gelada e um bife suculento. Não é bondade do açougueiro e do cervejeiro. Você pagou por isso. O seu dinheiro que alimentou o interesse deles. Mas o seu dinheiro veio do seu trabalho.
Raciocínio liberal prático de Adam Smith – produção a partir do capital.
O discurso liberal não fala das necessidades do ser humano, mas das vantagens
Adam Smith (1723-1790) – riqueza das Nações ( 1776)
Rousseau  (1712 – 1778)
A obra de Adam Smith pode não ter tipo tempo de influenciar Rousseau. A comunicação fluia, mas nem se compara com hoje.
Rousseau não se baseava na religião. Refutava ideias mais religiosas.
Rousseau critica a sociedade aristocrática no trecho de cartas moares – obter a felicidade vagando de desejo a desejo sendo satisfeito.
Satisfaçao? estágios, colocamos metas e vamos satisfazendo. E sempre tem uma meta nao satisfeita. Somos eternamente insatisfeito.
Rousseau pregava que nunca pare – sempre tenha meta – persistência.
cuide da cegueira do seu coração. Valorizar cada conquista.
o que conquistamos nos mostra o que nos falta.
contexto – a França era agrícola. A Inglaterra era mais industrial.
Homens nascem bons – virtuosos. Corrompem-se pelas sociedade – na instalação da propriedade privada e desigualdade.
Burguesia – iniciou com a população pobre – proletariado – revolução na frança é revolução burguesa – iniciou com o proletariado contra absolutismo
como nasceu a burguesia
castelo feudal é onde morava o senhor feudal,  origem nobre. Em torno do castelo havia colonias de trabalhadores – senhor feudal lhes dava um pedaço de terra com uma casa para morar em sua propriedade. O trabalhador compensava o uso do recursos do senhor feudal com grande parte da produção, que era destinada ao senhor feudal.
Esses nucleos habitacionais – castelo + redondezas  = era o Burgo
Quem morava no burgo era o burguês.
Iluminismo insufla ideias nos burgueses – e fermenta a revolta contra essa obrigação de entregar quase tudo ao senhor feudal. É contra a manutenção da elite ( senhor feudal) pelo suor dos burgueses
Se o senhor feudal nao mudasse a forma de se relacionar, perderia. As terras, o poder e até a vida. Isso levou a revolução francesa.
Do burgo saem pessoas que começam a trabalhar para si mesmo e solicitam a propriedade dos próprios recursos.  Novos ricos, comerciantes, industriais.
isso implica na criação da câmara dos comuns (eleita pelo povo burguês) e câmara dos lords (nobres) no parlamento ingles.
 paramos na página 11

 

Ciências Sociais Aula 03 26/08/2015

Ciências Sociais Aula 03 26/08/2015

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Maquiavel – caráter finalista da obra – que fins você deve atingir. Meios não são falados. Os meios são responsabilidade de cada um. Cada um deveria aplicar os meios mais convenientes. O papa se sentiu ofendido. O papa achou que Maquiavel o atacava. A Carapuça era do tamanho da cabeça do papa. A Igreja condenou a obra. Maquiavel pergunta – por meus acertos? Não, pelas ausências, por não mostrar os meios. Na verdade é porque Maquiavel tira o pano e mostra a realidade.
1516 Utopia – Thomaz Morus – cria a Utopia – através de uma sociedade perfeita, critica a sociedade atual. Se preocupavam com a sociedade fazer o bem para as pessoas. País onde so existia coisa boa, nao há fome, nao há crueldade. Contrário à sociedade inglesa da época.
Morus nao imaginava que Utopia seria algo que não iria se realizar, que é o conceito de Utopia hoje.
Cada autor – colocam nas suas obras um retrato do momento em que vivia. Itália de Maquiavel, Utopia de Morus, coloca naquela obra toda as agústias condições etc…
Necessário entender o contexto, as pressões que os autores estavam submetidos. Autores anteriores influencia os autores posteriores.
Hobbes – como controlar o egoísmo de cada indivíduo em nome da paz geral?
Locke – pensa sobre a educação. Locke e Hobbes são contemporâneos. Ambos na Inglaterra – Locke pensa em educação – Pitágoras – eduque a criança e não precisa punir o homem. Tábula rasa.
Maquiavel = política
Morus = bem estar da sociedade
Hobbes = cobiça e egoismo
Locke = educação
Rousseau = humanismo
Rousseau – a fortuna da nobreza é baseada na exploração dos seus empregados. Dá a relação humana o aspecto mais humano possível.
Adam Smith – a sociedade passa da manufatura para industria  = economia
Iluminismo – tirar a Europa do periodo de trevas – escravismo – nobreza mantém a condição de elite escravizando semelhantes.
Lançar luzes sobre a escuridão que a Europa vivia, séc XVI e XVII
Europa se torna fragmentada, o poder enfraquecido. O que leva as revoluções francesa e inglesa. Derrubada da nobreza e acensão do povo.
Importância e poder da Igreja. Havia tributos para Igreja. Luiz XVI guilhotinado na rev. francesa. O anterior, Luis XV era assessorado pelo cardeal Richilier, cruel. Poder pardo, ficava articulando nos bastidores, exercendo um poder.
trechos de Utopia – Visão crítica e atualidade da obra. Exemplo. Morte é injusta e inútil. Cruel para punir e fraca para conter. Leis em utopia são em pequeno número. Critica a quantidade e obscuridade das leis.
EUA 50 estados, 27 tem pena de morte. 4 estao pedindo para tirar.
código de hamurabi – há uma influência muito grande nas regras de conduta de máfias e grupos criminosos.
Hobbes – final sec XVI – obvio – controlar egoismo em nome da paz, cobiça. Controle social. E seria a educaçao que o trasnforma. Hobbes proprõe a organização do estado para solucionar essa questão. Regulador do processo. Aparece a ideia de um contrato  – pacto dos cidadaos e o sobreano, que é o leviatã. Contrato Social de Thomas Hobbes.
O contrato social é aceito pelo medo do outro, que tem a mesma natureza que você, egoista e violento.
a iniciativa de fazer o destrato social é do próprio povo, que para de reconhecer o soberano.
Problema: como o soberano é um homem, ele é egoista e ambicioso. Este soberano pode ser inteligente o suficiente para nunca mais deixar o poder.
 Locke fala que em seu estado natural é um predador nato.
Certamente esses autores não tinham ideia da extensão da sua teoria.

Ciências Sociais Aula 02 19/08/2015

Ciências Sociais Aula 02 19/08/2015

Professor Osório

 

pensamento doutrinário  – aquele que envolve concepções de verdade – certo e errado

pensamento político – exercício do poder sobre o outro

pensamento religioso –  aquele que…

 

nossa cultura originada na Grécia – ocidental – e assim o livro República de Platão e a Política de Aristóteles – são de base para conhecer conceitos importantes para todo o curso

 

Sociologia pre científica:

 

Locke – já no séc VII alerta sobre a educação

Aristoteles – eduque as criancas e não será necessário punir o homem.

Sócrates saudava assim os novos discípulos: fala para que eu te veja.

 

Eles não se baseiam na ciência, mas no entendimento das coisas.

 

Maquiavel Italia- O príncipe – sec XV – tratado de administração.

 

Devemos tentar entender a obra, o momento do autor, o contexto que ele vivia influenciou a obra.

 

exemplos de Maquiavel:

  • nunca contrate alguem so por dinheiro – fiel, leal e compromisso. Se não o outro leva ele de você

  • Só existe uma regra de ouro, quem tem o ouro faz a regra.

 

Carácter finalista: só fala dos fins – não fala dos meios. Não fala como fazer. Ele se defende – não posso falar dos meios pois isso é característica de cada um.

 

Criticada pela igreja  – por descrever em detalhes os aspectos sujos da igreja e do estado.

Esses autores são muito aceitos na atualidade – seria porque a sociedade daquela época era muito avançada, ou foi a nossa que foi retrocedendo?

 

Sociólogo do momento Zigmunt Bauman  – Aprendendo a pensar com a sociologia – sociólogo polones – professor titular na Inglaterra. Ele tem 92 anos. Modernidade liquida – sociedade da urgência – reacao do imediato. Soluçoes rapidas e digeríveis. Não temos tempo para solidez. Temos que tratar da liquidez – inúmeros temas: vida líquida, amor líquido  – sobre a fragilidade dos laços humanos.

 

vida para consumo – nas redes sociais oferecemos nossa vida para consumo do outro

PIADA: em um taxi viajam 4 romanos e um ingles, como se chama a mulher do motorista.IVONE

 

Ciências Sociais Aula 01 12/08/2015

Ciências Sociais – Aula 01 12/08/2015
Professor  OSÓRIO ANTONIO CÂNDIDO DA SILVA

 

O professor tem filha, genros advogados… oh raça… Ele é do tempo em que se colocava nome de Osório em bebê

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Observem que neste curso o volume de leitura a ser feito é imenso. Desenvolvam o gosto pela leitura. ver no site da Unip a ementa do curso – bibliografia sugerida

 

A biblioteca está no 18 andar

 

Indicação do livro ( não esta na bibliografia) uma nova historia do mundo. Alex Woolf editora Mbooks:

 

http://www.mbooks.com.br/cgi-bin/e-commerce/busca_e-commerce.cgi?lvcfg=mbooks&action=saibamais&codigo=802358

 

 

Muito do que se vai ver aqui – Grécia e Roma – Europa – os europeus estudaram muito isso

 

A sociologia aparece no curso de direito

 

Antropologia – formação dos grupos, dos parentescos  – homem e as culturas

Sociologia – formação da sociedade e seu funcionamento

 

Ambas ajudam a entender o porquê das coisas são como são. Muito do que temos hoje foi construído a muitos anos atrás. Porque se levanta de manha, vai ao trabalho? Porque ao meio dia se almoça?  quando começou isso? Porque é assim?

 

Como transcorreu o aprendizado? Desde a infância mais tenra?

 

Quantos porquês você já falou na vida?

 

  • POR QUÊ? As respostas vão aparecendo e o conhecimento vai se consolidando

  • POR QUE NÃO? a controvérsia, buscar outra alternativa àquela que você recebeu

 

Muita leitura – vai faltar tempo – haverá todas as provas no último mês. Procurem ir bem na primeira bimestral.

 

Professora Neusa – resumiu os principais tópicos da bibliografia em textos didáticos

resumo:

antropologia = cultura

sociologia  = relações

Economia – permeia muitos fatos históricos – ciência da escassez.

Sociologia não é o estudo do grupo mas sim das relações.

Transdisciplinaridade – uma ciência invade o campo/objeto  da outra – seus limites ficam difusos.

imagina-se que no começo os indviduos eram solitários, mas em algum momento passa a ser social. Passa a se agrupar – novo momento

1974 antropólogo americano – Lucy – Etiópia – ancestral mais velha – esqueleto quase completo – tinha 1,10 de altura e pesava 27 kg – 3,2 milhões de anos. E já possuía 32 dentes.

curiosidade – o nome Lucy veio da musica dos beatles Lucy in Sky with Diamonts ( LSD).

Ou seja a Antropologia tem muito a estudar, muito tempo estamos na face da terra.

Juiz – como julgar se não conhece? A formação do advogado passa pelo profundo estudo da história. Fatos não são isolados, fatos têm uma história.